segunda-feira, 12 de novembro de 2012

CHICO XAVIER CHEGA AO PARAÍSO


CHICO XAVIER NO CÉU

                Quando o corpo de Chico Xavier, já velho e cansado, morreu aqui na Terra, seu espírito foi recebido lá no céu. Conta que ele vinha subindo as escadas celestiais devagarinho, passo a passo como um velhinho cansado da vida - porque pensava que ainda era um velhinho - e Emanuel, que o acompanhava, lhe disse: - Vamos, irmão, você está sendo esperado com bastante entusiasmo lá em cima, apresse-se! - Chico ficou sem entender e o mentor lhe disse para olhar para si mesmo e perceber sua nova condição, ele não era mais um velhinho, seu espírito sempre fora jovem e agora estava livre daquele corpo velho e cansado. Olhando para si mesmo, Chico então percebeu seu novo estado físico e firmou-se sobre as pernas jovens puxando o fôlego em seus pulmões de atleta, subindo as escadas quase que correndo.

                Ao chegar às portas do céu, duas colunas de anjos perfilados à direita e à esquerda o aguardavam com cânticos celestiais belíssimos, tão belos que somente no céu mesmo para se produzir tamanha beleza de cânticos. Tudo era tão branco, tão transparente, tão límpido, tão suave, tão belo e a música tão maravilhosa que Chico perguntou a Emanuel se era alguma data especial ou se o céu era sempre assim mesmo, sempre aquela cantoria. Emanuel lhe respondeu que aquela festa era especialmente para ele, para recepcioná-lo. Chico, com seu jeito tímido e discreto, de imediato quis recusar a recepção toda, mas logo foi reconhecendo no final das fileiras de anjos perfilados algumas figuras resplandecentes que ele conhecera quando recebia suas mensagens aqui na Terra e as transcrevia. Foi correndo para abraçá-los, mas então uma outra figura ainda mais resplandecente apareceu no meio deles e abriu os abraços para recebê-lo. Era o próprio Jesus Cristo em pessoa. Chico, ao reconhecê-lo, pôs-se de joelhos e sentido a emoção, pensou em chorar. Porém, na presença do Senhor não há choro, nem de alegria, e foi com estranha satisfação que Chico percebeu a mão do Senhor estendida a sua frente a lhe amparar. Chico segurou a mão do mestre e levantou-se lentamente. Já em pé, frente a frente com o filho de Deus, Chico, que não conseguia chorar, apenas sorria seu sorriso mineiro. Então o Senhor o trouxe para junto de seu peito e o abraçou com carinho fraterno, um abraço de irmãos que, embora sempre conectados, não se viam há muito tempo. Chico Xavier então foi transpassado por uma onda energética de luz que poucos seres no universo tiveram o prazer de senti-la com tanta intensidade. O abraço durou algum tempo, parecia que o Senhor realmente tinha satisfação em vê-lo pessoalmente. – Bem vindo ao seu lar, irmão, nós estamos orgulhosos de você. - Falou o metre, olhando em seus olhos. Chico, com seu jeito tímido de caipira mineiro adquirido aqui na Terra, não sabia onde esconder o rosto de tanta vergonha, também adquirida aqui na Terra. Pensava no trabalho que estava dando ao Senhor e aos anjos celestiais com toda aquela recepção desnecessária, pois ele preferia entrar quietinho, bem caladinho como um bom mineiro, por uma portinha lateral sem chamar a atenção de ninguém, sem dar trabalho. Só queria estar ali.

Então a legião de anjos e os outros seres celestiais resplandecentes entoaram um coro de palmas e Chico ficou ainda mais envergonhado. Parecia que o céu, com todos seus moradores, toda sua beleza, toda sua energia celestial havia parado para homenagear o mineiro de Uberaba. Mas o Senhor logo lhe disse: - Irmão, você é mais que especial para nós, sinta-se especial. - Logo vieram seus amigos a lhe abraçar também e serem contagiados por aquela onda energética de luz que o mestre o havia transpassado. Assim, Francisco Cândido Xavier foi recebido no céu, seu verdadeiro lar. Deste então o céu passou contar com a mineirices do nosso amado irmão Chico Xavier.

 

Zeca d’Oxóssi da Aldeia Tupinambá

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